Na última postagem falamos sobre as leis naturais que regem as relações humanas. O pertencimento, conforme conversamos, é uma dessas leis. Mas será que nós temos o direito de pertencer igualmente no sistema familiar? Ao longo desse post saberemos a resposta.

 

O pertencimento diz que todo mundo pertence a família ou a um sistema, tem direito de pertencer igualmente.

Ou seja, o amor que liga a família e as relações humanas não faz distinção entre bom e mau comportamento, se o indivíduo é bom ou ruim. Se a pessoa está viva ou morta, se viveu muito ou pouco.

Na lei do pertencimento todos têm o direito de pertencer igualmente.

Quais são as pessoas que fazem parte desse vínculo? E a quem nós estamos vinculados?

O vínculo nasce pelo laço consanguíneo, pais, irmãos e avós; pelo laço do destino, que são os nossos parceiros atuais e anteriores, mesmo quando os relacionamentos acabam.

Das relações sexuais feitas com amor, da gestação infrutífera, das promessas de casamento.

Também se constitui vínculo as pessoas que somam ao nosso sistema, por meio de uma herança em nossas vidas ou por meio de algum prejuízo que nos causam.

Logo, percebemos que o pertencimento não é gerado somente pelo amor, mesmo quando não há amor envolvido poderá existir vínculo.

Muitos dos conflitos emocionais e de relacionamento são oriundos da nossa exclusão. O que isso quer dizer?

Significa que não estamos concordando com o comportamento ou jeito de ser do outro quando entramos na crítica, mesmo convivendo com a pessoa estamos no movimento de exclusão.

Isso vai contra a lei do pertencimento, segundo a qual, todos podem pertencer do jeito que são, mesmo que tenham um comportamento diferente do grupo ao qual pertencem.

Segundo Bert Hellinger, toda vez que excluímos uma pessoa do nosso grupo, do nosso sistema, inconscientemente seu destino é assumido por membros posteriores da família. E isso desequilibra o sistema, gerando conflitos.

A única forma de solucionar o conflito seria novamente reintegrar a pessoa que foi excluída, pois essa aceitação possibilita que a injustiça seja compensada e os destinos não precisem mais serem repetidos.